4 de out. de 2012

Entrevista do sociólogo Zygmunt Bauman...




Já faz alguns meses, compartilhei um vídeo de uma memorável entrevista do sociólogo Zygmunt Bauman , um dos pensadores que mais têm produzido obras que refletem os tempos contemporâneos. Resolvi postá-lo novamente, agora acompanhado de uma pequena reflexão motivada por um acontecimento pessoal que me fez questionar nossos limites de participação nesta “rede”.

Especificamente um trecho desse vídeo se tornou muito caro a mim, por ele falar de forma lúcida e brilhante sobre as nossas relações online e seus desdobramentos. O que são as novas relações pós modernas ou simplesmente “líquidas” como ele prefere chamar, e as facilidades que encontramos em nos “conectar” e também “desconectar”.

Negamos os desconfortos, as explicações, as desculpas e as culpas. Mas se ganhamos, também perdemos e dentre estas perdas, estão as nossas habilidades tão necessárias para estabelecer relações de confiança, para o que der vier, na saúde ou na tristeza, com outras pessoas. Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos que pratique.

Ele nos fala que a árdua tarefa de compor uma vida não pode ser reduzida a adicionar episódios agradáveis. A vida é maior que a soma de seus momentos.

Meus queridos, tenho dedicado toda minha vida a pesquisa da arte e da cultura. Tudo que faço se relaciona com este universo porque foi uma escolha de vida, assim como quando faço uso desse espaço. Tenho como princípio a busca da conexão com o outro naquilo que de melhor posso fazer, ou seja, interagir, partilhar, conviver, viver com, repartir, trocar, criar, recriar, estabelecer, fruir, enfim, viver conforme alguns valores nos quais acredito e que não firam ninguém.

Meu escritor favorito me ensinou que “cada um de nós é uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações, cada vida uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis.”Ele também me fala da necessidade que existe em sairmos da perspectiva limitada do eu individual, para entrar em outros eus semelhantes aos nossos, para fazer “falar o que não tem palavra...” que nos conduzirá à sinceridade interior, a descoberta de nossa própria verdade.

O que busco aqui é uma leveza nos caminhos a explorar, nas relações a serem estabelecidas, na palavra amiga, no respeito às ideias, às coisas e na liberdade. Este é meu alimento diário. Ele me dá segurança para ir adiante, não saberia agir de outra forma, por isso compartilho e espero que compartilhem comigo.


☆☆... Marcia Zoé Ramos ...☆☆




(Perfeito!!)



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