22 de mai. de 2013

Prece...

84429157_large



☆... Amarro a poesia em alguma prece, rezo todas as contas do terço pra compartilhar amor, fé e compaixão por todos os cantos, em todas as linhas, na fraca tentativa de aliviar as forças ruins que ás vezes nos sufocam.

Erro exageradamente, me descontrolo por me encaixar sempre nas partes que doem mais. Sinto o peso da intensidade tocar minha alma.

Nasci desmedida, aprendo com as incertezas que tudo pode ser melhor, mais digno, mais humano. Não me canso de lutar, dou meu sangue na expectativa exausta de ver um mundo mais digno.

Sou apenas um corpo que escreve uma bobagem ou outra. Distribuo um pouco de alma e amor para aqueles que se doem por inteiro. Esgoto-me em cada linha que se desmancha no borrão de cada pensamento que se vai. Empresto lágrimas e um bocado de emoção, sem me importar com o destinatário.

Recuo quando preciso for. Reescrevo os parágrafos desalinhados pela falta do que já foi, desenho uma saudade pintada de outono. Oscilo, mudo de casa, de humor, de caderno.

Empresto-me para o tempo, me perco nas estações, nos princípios, nos meios e no fim. E renasço por entre as esperanças tortas, por entre os espinhos e rabiscos que se dissolvem em cada letra.

E vou rezando, pedindo força, fé e uma bagagem emocional gigante para acomodar o que não me cabe e transborda. Excluo o que não agrega o que não faz bem.

Agradeço pelo dom da vida, da escrita e peço perdão. Afinal sou tão falha, tão humana e dolorida.

Aprendo aos poucos, com os atalhos que Deus coloca a minha frente e não paro, não desisto, apenas rezo. ...☆






☆☆... Ju Fuzetto (Um Lugar ao Sol Perto do Vento) ...☆☆







.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por seu comentário e volte sempre!