27 de mai. de 2013

O sentir da cegueira...

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☆... Hoje, estamos vivendo uma era de imagem, de coisas que não se representam, somente se apresentam, vivemos a era de aparência. O gostar de alguém, nos tempos de hoje, na maioria das vezes, começa por aquele elemento do desejo, possuir os padrões do belo e feliz da atualidade. Muitas pessoas hoje, ao buscar a vivência de uma paixão, buscam como loucos onde estão os padrões atuais que a sociedade nos empurra goela à baixo.

Não quero e nem estou aqui, definindo teorias, teoremas ou hipótese, mas o que vejo... é que uma grande totalidade dessas pessoas, que buscam somente a imagem do belo associada ao sentir, a paixão, o amor eterno, acabam caindo num grande vazio. Observando pessoas e casos, que se deixam saber desses diariamente, de pessoas e fatos que saem de suas relações, ou pior, estão ainda nessas relações, sem sentir o verdadeiro amor ou paixão, somente um grande vazio, um nada, uma grande imensa frustração.

Melhor sorte assiste ao cego que nada pode ver, mais muito mais que nós que enxergamos, pode ver o sentir de tudo na sua negra e irremediável cegueira. O cego pode através do outros sentidos, hoje por nós abandonados, conhecer muito mais do que a imagem pode nós proporcionar. A cegueira lhe dá o apurado dom de sentir através do olfato, que aquele perfume, que aquele cheiro do objeto amado é único, perfeito para acalentar de carinho e desejo a sua memória olfativa, memória de quem se apaixona, mas não é esse o único sentido que completa as virtudes do sentir da cegueira, aliada ao olfato está o tato, onde mais do que especialista, pode o cego através das mãos delinear a face do amado(a), consegue sentir sua suavidade, o calor e isso ainda mais, agrega desejo. Se já não bastante toda essa capacidade divina, por não poder contemplar os gestos e expressões do amado(a), o cego é capaz de captar os sentimentos do outro no ar, seja pela voz com a sua audição apurada, em verdade ele tem o dom mágico de sentir a mais que nós, que podemos ser enganados por um sorriso falso. Mas o cego, não ele não vê, ele sente, ele vibra na energia do amado(a), capaz de perceber as mais variadas alterações ou até mesmo o mínimo disfarce.

Diante desse divino e mágico SENTIR DA CEGUEIRA, não quero ter um amor cego, mas quero sim, amar com se cego fosse! ...☆
 
 
 
 
☆☆... Jorge Calfo ...☆☆



(Perfeito!!!)



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