☆... O tempo não é culpado de ser tão medonho. A culpa é tua por tornar a distância a nossa única saída. O teu silêncio ainda faz barulho em mim. A tua despedida agiu como lacre de segurança contra o amor. A espera, meu bem, não cai bem em mim. Nunca fui dessas que precisam da ausência, nunca precisei doer, para amar mais. Eu bem sei dos meus erros, cada pedaço da minha culpa hoje, lateja aqui dentro. Agora abrigo teu corpo invisível em cada parte do meu coração, em cada lembrança de fim-de-tarde. Do último domingo guardei a aspereza do teu olhar não acalentador, das tuas mãos me mandando embora, como se o passado fosse um cisco no teu olho. E, eu pedra no teu sapato. Não quero entender de onde vem tanto medo de errar. Ser feliz, meu amor, é poder fazer qualquer coisa juntos. E essa felicidade não vem de outro planeta. Quero poder me emaranhar num milímetro de esperança que seja, ou num fiapo de nós dois que ficou jogado nos seus pertences aqui no meu guarda-roupa. Eu me visto de ti, pra habitar algum canto que ainda exista você. E, de saudade vou despindo a urgência de te reencontrar....☆
☆☆... Ju Fuzetto - Blog Um lugar ao sol perto do vento ...☆☆
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